quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Reumatismo


Reumatismo é o nome popular dado às doenças reumáticas, que são compostas por mais de cem doenças distintas que acometem o sistema músculo-esquelético, ou seja, ossos, articulações (“juntas”), cartilagens, músculos, fáscias, tendões e ligamentos. Além disso, essas doenças também podem comprometer diversos órgãos do corpo humano, como os rins, o coração, os pulmões e o intestino, assim como a pele.
As doenças reumáticas mais conhecidas são: osteoartrose, artrite reumatóide, osteoporose, gota, lúpus, febre reumática, fibromialgia, tendinite, bursite e diversas patologias que acometem a coluna vertebral.
Reumatismo não é uma “doença de velho”, pois pode ocorrer em qualquer idade, acometendo jovens, crianças e, inclusive, recém-nascidos.
Segundo estatísticas, 15 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de doença reumática, o que pode gerar, além do sofrimento pessoal, reflexos na vida sócio-econômica do país, uma vez que estas doenças enquadram-se entre as principais causas de incapacidade física e de afastamento temporário ou definitivo do trabalho.
Quem tem alguma doença reumática pode apresentar dor e calor nas articulações, edema (“inchaço”), rigidez matinal (dificuldade para movimentar as articulações ao acordar de manhã), fraqueza muscular e, conforme a patologia, lesões de pele, dor de cabeça, queda de cabelo, fadiga, emagrecimento e febre.
As doenças reumáticas não são contagiosas e podem ser causadas ou agravadas por fatores genéticos, traumatismos, trabalho intenso, obesidade, sedentarismo, estresse, ansiedade, depressão e alterações climáticas.
Essas doenças devem ser tratadas para que o paciente possa ter uma melhor qualidade de vida, sem dores, sem o agravamento das lesões e sem maiores disfunções e deformidades articulares, que, por vezes, podem ser definitivas.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Quadros de Depressão


A maioria das pessoas já teve a sensação de que um momento em sua vida não passou de um sonho ruim, um pesadelo. A horrível sensação de ter falhado, de que nada funciona, nada importa e que não há solução.
É necessário fazer uma diferenciação de depressão e sentimento de luto. O sentimento de luto é a tristeza ligada a uma perda de uma pessoa querida, de um trabalho, de uma situação de vida, isto é, uma reação normal a uma perda significativa na vida. A depressão é um fenômeno e uma experiência pela qual a tristeza se torna persistente, incapacitando, deteriorando a saúde, porém pode se desencadear em um processo de luto.
Uma das maiores dificuldades da abordagem terapêutica da depressão é o diagnóstico correto e a aproximação adequada a este. O primeiro passo para abordar a depressão ou qualquer outro quadro patológico é um bom diagnóstico.
Psicopatologia
O Transtorno Depressivo Maior é caracterizado por um ou mais Episódios Depressivos Maiores, sem história de Episódios Maníacos, Mistos ou Hipomaníacos. Devemos também descartar os episódios de Transtorno do Humor Induzido por Substância (devido aos efeitos fisiológicos diretos de uma droga de abuso, um medicamento ou exposição a uma toxina) ou de Transtorno do Humor Devido a uma Condição Médica Geral, um Transtorno Esquizoafetivo, nem devem estar sobrepostos a Esquizofrenia, Transtorno Esquizofreniforme, Transtorno Delirante ou Transtorno Psicótico Sem Outra Especificação.
Os quadros de Depressão se caracterizam por: um estado de desânimo e esgotamento, onde o sujeito sente-se sem ânimo para as atividades que exerce normalmente; humor deprimido; muito sono ou insônia; interesses e prazeres diminuídos; perda de peso e diminuição de apetite; agitação ou retardamento psicomotor; fadiga e falta de energia; sentimentos de culpa e inutilidade; diminuição da habilidade de pensar, concentrar ; indecisão; pensamentos de morte recorrentes.
Outra patologia ligada a Depressão é o que chamamos Distimia. A característica essencial do Transtorno Distímico é um humor cronicamente deprimido que ocorre na maior parte do dia, na maioria dos dias, por pelo menos 2 anos. Indivíduos com Transtorno Distímico descrevem seu humor como triste ou "na fossa". Em crianças, o humor pode se manifestar como irritação e com duração mínima exigida é de apenas 1 ano.
Durante os períodos de humor deprimido, pelo menos dois dos seguintes sintomas adicionais estão presentes: apetite diminuído ou hiperfagia, insônia ou hipersonia, baixa energia ou fadiga, baixa estima, fraca concentração ou dificuldade em tomar decisões e sentimentos de desesperança, baixo interesse, autocrítica aumentada, freqüentemente vendo a si mesmos como desinteressantes ou incapazes. Estes sintomas tornam-se parte presente na experiência cotidiana do indivíduo (por ex., "Sempre fui deste jeito", "É assim que sou"), eles em geral não são relatados, a menos que diretamente questionadas pelo terapeuta.
Outra categoria patológica diagnosticada como Transtorno Depressivo Sem Outra Especificação inclui transtornos com características depressivas que não satisfazem os critérios para Transtorno Depressivo Maior, Transtorno Distímico, Transtorno de Ajustamento Com Humor Deprimido ou Transtorno de Ajustamento Misto de Ansiedade e Depressão. Às vezes, os sintomas depressivos podem apresentar-se como parte de um Transtorno de Ansiedade Sem Outra Especificação.
Um dos maiores problemas do tratamento de depressão é o seu diagnóstico. Sintomas de depressão podem esconder uma outra patologia como uma Desordens Dissociativas de Identidade (DDI). A característica essencial do Transtorno Dissociativo de Identidade é a presença de duas ou mais identidades ou estados de personalidade distintos, que se alternam assumindo o controle do comportamento. Existe uma incapacidade de recordar informações pessoais importantes, cuja extensão é demasiadamente abrangente para ser explicada pelo esquecimento normal. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma condição médica geral.
Os clientes que apresentam DDI a anos sem um diagnóstico correto dentro do sistema de saúde mental, mudam de terapeuta e de medicamento, onde os sintomas tratados apresentam um pequeno ou nenhum progresso terapêutico. A DDI se caracteriza pelas seguintes desordens: depressão, instabilidade de humor, tendências suicidas, desordens de sono (insônia, terrores noturnos, sonambulismo), ataque de pânico, fobias, abuso de álcool e drogas, compulsões, rituais, sintomas psicóticos (alucinações auditivas e visuais), e  desordens de ingestão. Além disto, indivíduos com DDI podem apresentar enxaquecas, amnésias, perda da noção de tempo, transe, e experiências de estar fora do corpo. Algumas pessoas com DDI têm tendência para sentimentos persecutórios , sabotagem pessoal e violência.
Leitura Corporal
Toda pessoa deprimida, em função de  luto ou não, são atormentadas pela sensação de culpa e estão sempre se auto-repreendendo. A palavra “depressão” se origina do latim que significa subjugar, reprimir. Podemos pensar que uma pessoa deprimida esta sendo subjugada ou reprimindo algo. Fique atento a agressividades que, por estarem reprimidas levam à depressão como uma forma de evitar  responsabilidades.
Em todas as doenças psíquicas está implícito um ritual e especialmente na depressão isto se acentua. Devemos buscar o ritual inconsciente e o torná-lo consciente. Isto é o sintoma como cura, ou a prescrição do sintoma.
Devemos examinar qualquer sintoma sob vários ângulos e aspectos, esta atitude terapêutica é fundamental. Quem sofre de depressão sofre por um excesso de pressão, interna ou externa, é como se o corpo ficasse paralisado para ganhar forças para lutar. Depressão examinada sob este angulo quer dizer sinal de mudança, significa busca de saúde mental.
Existem características bem próprias do sintoma depressão que devemos olhar com bastante atenção. A maioria dos clientes deprimidos se colocam no lugar de vítima, onde tudo e todos são culpados pelo processo depressivo, inclusive o terapeuta por não conseguirmos dar conta deste sintoma. Outro ponto importante é a relação de dependência que o cliente deprimido tem com pessoas, provocando evitação social. Alguns demonstram tendências a se martirizarem ou a auto sacrifícios.
Os quadros de obesidade e dores psicossomáticas poderão estar inscritos numa depressão e o sono na depressão como uma forma de defesa e fuga.

Por Gastão Ribeiro

Dermatoses Psicossomáticas na infância


Crianças também convertem tensões emocionais em doenças. Com certa freqüência, pediatras e dermatologistas encontram manifestações cutâneas de conflitos, temores e preocupações.
Há pais que ficam surpresos, quando se afirma que a dermatose apresentada pela criança é reflexo de estados psicológicos vividos pelo paciente. Às vezes, argumentam que a criança não tem motivo de estresse, porque não lhe falta nada. Esses pais entendem que só o mundo dos adultos oferece ameaças ou motivos de pressão. É preciso lembrar, porém, que as crianças têm seu mundo mental e que são vulneráveis ao que se passa ao seu redor, porque dependem inteiramente dos adultos, não tendo como se defender. Para uma criança, as coisas que se passam com ela e os fatos que atingem os adultos dos quais dependem significam ameaças incontornáveis.

Fantasias
O mundo mental das crianças tem mais fantasias do que realidades. Se a criança recebe estímulos que geram fantasias ameaçadoras, cria medos infundados, mas que funcionam como realidade para elas. Recorde-se que o cérebro não analisa as imagens mentais; todas são por ele tomadas como realidade. É o caso do bicho papão, história utilizada para tornar a criança "boazinha", a qual passa a funcionar como uma censura interna para qualquer desobediência. Outras histórias assustadoras, bem como ameaças, tratamentos ríspidos, apelidos humilhantes, exigências descabidas, atribuição de deveres que cabem a adultos vão criando temores, insegurança e inibições e, conseqüentemente, estresse.

Contato físico
Aspecto importante é a falta de contato físico, que, durante algumas gerações, foi ensinada de pais para filhos com a finalidade de não deixar a criança manhosa. Ainda hoje há quem acredite nisso. Na verdade, essa atitude gera insegurança, porque a necessidade de contato faz parte da natureza humana e é essencial na infância.
Também o afastamento muito precoce da mãe, por motivo de trabalho, e a colocação da criança numa creche logo aos quatro meses de idade é uma situação da qual a criança se ressente, pois ela precisa da presença da mãe para saber que tem controle da situação, para ter certeza de que, quando necessitar, a mãe estará ali para atendê-la. Além disso, sempre que a mãe se afasta a criança não sabe quando ela voltará ou se voltará. Sua sensação é de abandono. Tudo isso cria estresse.

Família
Presenciar desajustes familiares, como discussões e brigas entre os pais ou outros familiares, viver em ambiente de desavença doméstica e a presença de pai alcoólatra, que é uma desgraça em qualquer família, produz sensação de incerteza e insegurança, que mantém o organismo da criança sob estresse constante.

Fatores externos
Problemas externos, como falta de ambientação na escola maternal ou no jardim de infância, situações extremas, como assistir a um assalto à família ou a violência em casa, são outros elementos causadores de estresse.
Na atualidade, quando as crianças são submetidas a uma tremenda carga horária de televisão, os desenhos infantis, que são ricos em cenas de agressividade e maldades, além de figuras horrorosas e de monstros, constituem uma fonte de medo noturno e tensão.
A troca de escola, por ocasião de mudança da família, também pode gerar insatisfação, tristeza pela perda de um ambiente ao qual a criança estava acostumada e constrangimento por colegas inamistosos. Todos são fatores de estresse.
Qualquer que seja a origem da tensão a criança não tem recursos para se adaptar facilmente. A depender de sua habilidade, e também do trauma gerado pelo fato, a criança pode desenvolver sintomas psicossomáticos. No Japão, onde a educação é muito rígida e as crianças são impiedosamente exigidas na escola, tem sido observado um aumento de casos de gastrite e úlcera péptica em pequenos pacientes.
É preciso não esquecer as manipulações por meio de vergonha e culpa e, ainda, a ameaça de a criança perder o amor dos pais, se não agir da maneira prescrita. Isso leva a uma pressão muito grande e obriga a criança a estar o tempo todo tentando adivinhar o que os pais querem que ela faça para continuarem a amá-la.
Outra fonte de estresse é a perda de algum familiar pelo qual a criança tenha grande afeição. A tristeza que se segue ou a confusão mental criada pela ausência da pessoa sem que a criança saiba para onde foi geram uma tensão, que se prolonga por muito tempo.
Enfim, razões para estresse a criança tem em abundância e não possui meios para enfrentá-lo. Em conseqüência disso, muitos quadros clínicos infantis estão relacionados com situações emocionais vividas pela criança.

Manifestações cutâneas
Na pele, as manifestações mais comuns atingem o couro cabeludo, o pigmento cutâneo, unhas e peles hipersensíveis.
No couro cabeludo são freqüentes quedas de cabelo localizadas, que formam áreas círculares lisas, desprovidas de folículos pilosos. É um quadro chamado pelada ou alopecia areata. Não há demonstração científica de que esta alteração é diretamente provocada pelo estresse, mas há freqüente coincidência da instalação de pelada com fases de estresse intenso. Isso leva à suposição de que haja uma correlação direta entre um fato e outro.
Também no couro cabeludo há um distúrbio curioso, que é o arrancamento de cabelos ou tricotilomania. A diferença para a pelada é que nesta alteração as áreas em que os cabelos foram arrancados são irregulares ou têm um desenho caprichoso e possuem cabelos normais, que ainda não foram arrancados. Surge de um tique nervoso, que a criança desenvolve, de puxar os cabelos por motivo da tensão. As sobrancelhas e os cílios também são arrancados, muitas vezes isoladamente.
O pigmento da pele, a melanina, é afetado em muitas crianças, que desenvolvem o quadro do vitiligo. Nem sempre existe estresse por trás do vitiligo, de modo que não se justifica a atitude de encaminhar toda criança com esta doença para psicoterapia. Entretanto, quando o estresse tem papel relevante, um terapeuta deve fazer parte do tratamento instituído.
As unhas são o tecido mais comumente agredido. É muito grande o número de crianças que aprende a desviar suas tensões para as unhas e cria o hábito de roê-las. Isso pode se transformar em verdadeira compulsão, que só a custa de muito esforço ou de psicoterapia será resolvido.
As peles hipersensíveis ou alérgicas sofrem uma influência imediata e intensa dos estados de tensão vividos pela criança. Um paciente com dermatite atópica ou sujeito a crises de urticária terá sua condição agravada e crises serão desencadeadas por influência de tensões emocionais. É muito difícil evitar a agudização dos processos, porque algumas crianças recebem, muitas vezes, a carga das tensões familiares; são o pára-raios da família, e, não tendo como resolver os problemas da família, desviam a pressão para seu próprio organismo. Uma pele hipersensível é o órgão de choque para descarregar essas tensões.
Outras manifestações ocorrem, dependendo da reação momentânea da criança. É, pois, importante levar em consideração o estado emocional da criança para evitar doenças psicossomáticas e para aliviar a carga que as emoções podem acrescentar a doenças existentes.

Colaboração: Dr. Roberto Azambuja - Dermatologista

Relaxamento e indução ao transe


   O relaxamento é uma técnica bastante antiga e já era praticada há mais de dois mil anos pelos iogues para aliviar corpo e mente das tensões do dia-a-dia e, desta forma, permitir que o espírito (mente) alcance a iluminação (conhecimento, sabedoria, felicidade). 

No século XVIII, o farmacêutico francês Emile Coué - um entusiasta das técnicas hipnóticas - descobriu que não era necessário "hipnotizar" um paciente para induzi-lo a reagir desta ou daquela forma. Bastava "relaxar" o paciente e "fazer a sugestão", com voz firme, decidida, para obter o mesmo resultado. 
Mais recentemente, o pesquisador búlgaro Georgi Lozanov também "recuperou" a velha técnica iogue de relaxamento para levar seus alunos ao "estado de vigília relaxada", ideal para a aprendizagem. A técnica desenvolvida por Lozanov foi denominada Sugestopedia e, de certa forma, segue o que Coué já havia descrito cem anos atrás. Cabe registrar que, através da Sugestopedia, os alunos de Lozanov conseguiam aprender uma língua estrangeira em poucos dias. Fantástico, não é mesmo? 
O princípio da hipnose é bastante elementar e consiste basicamente na seguinte tese: "se você memoriza, você aprende; se você aprende, você reproduz; se você APRENDE BEM, é capaz de reproduzir AUTOMATICAMENTE". 
Ora, se aprendemos melhor (e isto está cientificamente provado) quando estamos no "estado de vigília relaxada" (com o cérebro operando na faixa de 8 a 12 ciclos por segundo), e se as técnicas de relaxamento fazem abaixar as ondas cerebrais para este nível, nada melhor do que "relaxar para aprender". 
Ocorre, por outro lado, que o nosso processo de aprendizagem não se limita só a informações lógicas e concretas. Somos também capazes de aprender princípios éticos, morais, regras de conduta, novos hábitos etc. Tudo isto é aprendizagem e, portanto, todas estas "informações" podem ser conduzidas ao inconsciente da pessoa em estado de relaxamento. 
Hoje em dia sabemos, através de pesquisas, que o ser humano é capaz de memorizar:



  • 10% do que lê 
  • 20% do que ouve 
  • 30% do que vê 
  • 80% do que se pratica 
  • 95% do que diz de si mesmo

DISFUNÇÃO SEXUAL FEMININA (FRIGIDEZ)



Frigidez é a alteração da função sexual com ausência de desejo, apresentando ausência ou diminuição de resposta orgânica à excitação (lubrificação vaginal, relaxamento da musculatura, etc).
A mulher não apresenta desejo em ter relacionamento sexual, não procura o parceiro e quando procurada evita o contato sexual.
A paciente com frigidez relata medo ou mesmo repulsa a situação de relação sexual. Esta situação pode apresentar-se de várias formas:
- Não lubrificar durante a relação sexual;
- Ausência do desejo de ter atividade sexual;
- Algumas mulheres experimentam repulsa a estímulos sexuais, mesmo beijos e toques.
A intensidade da reação pode variar desde falta de prazer, até um extremo sofrimento psicológico em ter que consumar o ato.

CAUSAS DA FRIGIDEZ

ORIGENS ORGÂNICAS DA FRIGIDEZ:

- Dispa reunias (dor na relação sexual);
- Alterações hormonais;
- Debilidade física ou doenças em geral que a debilitem;
- Etc.

ORIGEM PSICOGÊNICA DA FRIGIDEZ:

- Religião;
- Tabus;
- Violência sexual anterior (como estupro);
- Educação sexual rígida;
- Idade avançada;
- Stress;
- Relacionamentos desgastados, (casamentos onde não mais existe amor e a mulher, sendo mais sentimental, não consegue se relacionar sem sentimento);
- Etc.
Com a hipnose consegue-se retirar o trauma localizado no inconsciente, causando a frigidez

EJACULAÇÃO PRECOCE



Não existe um consenso sobre a definição mais adequada para ejaculação precoce (EP). Considero mais adequado dizer que ejaculação precoce é a falta da capacidade do homem em conseguir conter a ejaculação por mais de três minutos após o início da penetração.
A ejaculação precoce é um problema sexual muito comum, afetando de 10 a 30% dos homens. É provável que esses valores sejam maiores, pois a maioria dos homens, por incrível que pareça, tem vergonha em reconhecer sua ejaculação rápida e procurar ajuda adequada. Esta vergonha infundada só dificulta o tratamento da ejaculação precoce, pois quanto antes o paciente procurasse ajuda, mais rápido seria o tratamento.
Ejaculação precoce produz a insatisfação sexual crônica no casal, principalmente quando o homem, se recusa a reconhecer o problema, cedendo mais ao seu orgulho do que ao interesse do casal.

CAUSAS DA EJACULAÇÃO PRECOCE / EJACULAÇÃO RÁPIDA:

- Ejaculação rápida / precoce devido preocupação em excesso com o próprio desempenho sexual;
- Ejaculação rápida / precoce devido ansiedade excessiva;
- Ejaculação rápida / precoce devido auto exigência elevada;
- Ejaculação rápida / precoce devido auto estima baixa;
- Ejaculação rápida / precoce devido não se importar o suficiente com a parceira;
- Etc.
Apesar da ejaculação precoce acometer um grande número de homens, a maioria não procura ajuda profissional por variados motivos, sendo que o principal é a descrença no tratamento ou por pensar que o tratamento da ejaculação precoce seja muito complicado.
A hipnose é usada no paciente com ejaculação precoce para reprogramar seu inconsciente, no sentido de conseguir ficar o tempo necessário para o prazer mútuo no ato sexual.
Resumidamente, o tratamento da ejaculação precoce consiste em:
- Diminuir a ansiedade;
- Diminuir a urgência de ejacular.
- Diminuir a sensibilidade exagerada da glande.
Tudo isso sem diminuir o prazer do ato sexual.

DISFUNÇÃO ERÉTIL - IMPOTÊNCIA SEXUAL MASCULINA



Disfunção erétil ou impotência sexual masculina é a incapacidade de manter ereção com rigidez suficiente para a penetração ou em manter a rigidez pelo tempo necessário para manter a relação sexual prazerosa.
Não é um problema tão grave quanto parece, pois quando a impotência sexual masculina é tratada adequadamente pode-se voltar a sentir a felicidade deste prazer natural e divino.
Para entender a causa da impotência sexual masculina é importante saber como o pênis fica ereto:
O pênis começa a intumescer quando o cérebro, por estímulos eróticos (cheiro, som, visão, toque ou memória), inicia todo o mecanismo de ereção: uma série de reações nos nervos, vasos e músculos, corpos cavernosos enchendo-se de sangue e o pênis tornando-se rígido, as veias internas são comprimidas para evitar a saída de sangue, culminando com a ereção. A testosterona controlando toda reação.
Qualquer falha em todo este mecanismo pode resultar na disfunção erétil (impotência sexual  masculina). A libido (vontade para o sexo) é o principal fator para desencadear todo este processo e cada indivíduo tem a sua libido própria.

CAUSAS DA IMPOTÊNCIA SEXUAL (DISFUNÇÃO ERÉTIL):

1) CAUSAS ORGÂNICAS DA IMPOTÊNCIA SEXUAL MASCULINA (DISFUNÇÃO ERÉTIL):
- Diabetes não controlada, causa  impotência sexual  masculina, através de alteração nas paredes das artérias;
- Hipertensão arterial (leia mais sobre hipertensão arterial) causa impotência sexual masculina através de alterações em vasos sanguíneos;
- Doenças vasculares causando impotência sexual masculina pelo mesmo motivo acima;
- Traumas na medula espinhal podem levar a impotência sexual masculina, devido a lesões em nervos que chegam a genitália;
- Cirurgia de próstata sem preservar os nervos da ereção; (calma, muitas das cirurgias não afetam estes nervos deixando o paciente livre da impotência sexual masculina)
- Problemas endócrinos ou neurológicos podem causar impotência sexual masculina;
- Arteriosclerose alteram paredes de artérias, podendo causar impotência masculina sexual;
- Etc.
2)CAUSAS PSICOGÊNICAS DA IMPOTÊNCIA SEXUAL MASCULINA (DISFUNÇÃO ERÉTIL):
- Impotência sexual masculina por Stress (estresse);
- Impotência sexual masculina por problemas no relacionamento com a companheira;
- Sentir medo, infundado, de ficar impotente após cirurgia da próstata. Apesar de, felizmente, os nervos da ereção terem sido preservados,;
- impotência sexual  masculina por desvios sexuais;
- impotência sexual  masculina por medo de falhar;
- impotência sexual  masculina devido a depressão;
- Vários outros motivos de impotência masculina sexual.
3) CAUSA MISTA DA IMPOTÊNCIA SEXUAL MASCULINA (DISFUNÇÃO ERÉTIL):
Existem situações que a impotência sexual masculina é a soma de causas orgânicas e psicogênicas.
A maioria dos homens já experimentou um situação de disfunção erétil (impotência sexual masculina), devido estar passando por um momento estressante, abuso de álcool ou medo de falhar com determinada mulher que conheceu recentemente. Estas impotências ocasionais são normais. O problema só existe quando esta disfunção erétil persistir.
A ereção sexual masculina é como uma grande máquina que possui muitas engrenagens, uma falha qualquer neste sistema acarreta na impotência sexual (disfunção erétil).
Com a hipnose fazemos com que o inconsciente trabalhe adequadamente, deixando todo o conjunto funcionar naturalmente perfeito. Um exemplo bem clássico seria de paciente que desenvolveu impotência masculina após cirurgia da próstata, sem rompimento dos nervos da ereção.
Anatomicamente ele está apto para a ereção, porém o medo da impotência sexual faz com que ele fique realmente impotente. Ou seja, seu inconsciente criou o problema. Com a hipnose consegue-se reverter esta situação. Este é apenas um exemplo, existem infinitas situações  em que o inconsciente cria a impotência sexual.

Quais as vantagens da Hipnoterapia?


Uma pessoa hipnotizada pode lembrar-se com mais detalhes de situações passadas (regressão de memória) que explicam suas dificuldades emocionais e/ou sociais do presente e, desta forma, otimizar seu tratamento terapêutico, pois, uma das dificuldades dos  procedimentos terapêuticos tradicionais é lidar com o “esquecimento” de determinados fatos do passado que atrasam o desenvolvimento da terapia.

Em que problemas emocionais ou físicos a hipnose pode ser usada?


• Na Psicologia: tabagismo, emagrecimento, fobias,
depressão, ansiedade, problemas sexuais, alcoolismo,
problemas de fala, terapia de regressão de idade,
dores crônicas, auto-estima e fortalecimento do ego e
melhoras na concentração ou memória.
• Na Medicina: psiquiatria, anestesia e cirurgia, doenças
psicossomáticas, ginecologia e obstetrícia, controle de
sangramento, tratamento de queimaduras,
dermatologia, pediatria (enurese noturna, pesadelos,
timidez e inadaptação), controle da dor, controle de
vícios.
• Na Odontologia: medo de ir ao dentista, cirurgia
odontológica, bruxismo, controle de sangramento,
controle da salivação excessiva e da dor, etc.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

  O TOC se caracteriza por obsessões e/ou compulsões recorrentes que prejudicam substancialmente o funcionamento cotidiano. As obsessões são “idéias, pensamentos, impulsos ou imagens consideradas intrusivas e inadequadas, e que geram ansiedade ou aflição intensa”. Entre as obsessões comuns, estão pensar repetidas vezes sobre ter prejudicado os outros, sobre contaminações e duvidar sobre ter fechado a porta de casa. As compulsões são comportamentos ou atos mentais repetitivos cujo objetivo é prevenir ou reduzir a ansiedade ou o aflição. Entre a compulsões comuns estão lavar as mãos com demasiada freqüência. As “obsessões” são definidas como pensamentos, imagens ou impulsos, e as “compulsões” são definidas como ações explícitas (comportamentais) ou implícitas (mentais) realizadas por obsessões ou por regras rígidas. Os rituais comportamentais (por ex. lavar as mãos) são equivalentes aos rituais mentais (como repetir silenciosamente orações especiais) em seu relacionamento funcional com as obsessões, ou seja, ambos servem para reduzir a aflição das obsessões, para impedir prejuízos temidos ou para restaurar a segurança. Sendo assim, enquanto todas as obsessões são na verdade, eventos mentais, as compulsões podem ser mentais ou comportamentais.
  Para haver diagnóstico de TOC, as obsessões e/ou as compulsões devem ser consideradas graves o suficiente para causar marcada aflição, perda de tempo e prejuízos ao funcionamento cotidiano. A idade de início do transtorno geralmente vai do começo da adolescência ate a época do jovem adulto, com início anterior em homens, a idade modal de início é entre 13 e 15 anos e em mulheres é entre 20 e 24 anos.
  Em alguns casos de TOC Pediátrico e transtornos de Tique, o inicio é súbito e esta associado a infecção por estreptococo; o tratamento da infecção está associado à redução substancial dos sintomas, mais a recorrência da infecção mais uma vez associa-se à exacerbação dos sintomas. De modo mais específico, quando o TOC ocorre juntamente com outros transtornos de ansiedade, geralmente ele é o principal diagnóstico.
  Os tiques motores geralmente são involuntários e não visam a neutralizar a aflição causada por obsessões.
1-    Ter um pensamento sobre uma ação é como realizar a ação;
2-    Deixar de impedir (ou deixar de tentar impedir) o prejuízo a si ou a outros é o mesmo que causar o prejuízo;
3-    A responsabilidade não é amenizada por outros fatores (por ex. baixa probabilidade de ocorrência);
4-    Não neutralizar quando ocorre uma intrusão é semelhante ou equivalente a buscar ou querer que o prejuízo envolvido nessa intrusão aconteça de verdade;
5-    A pessoa deve e pode exercer controle sobre os pensamentos.
Fonte: Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos por David H. Barlow

Transtorno do Estresse Pós-Traumático

O transtorno do estresse pós-traumático demanda a ocorrência de um determinado tipo de evento, do qual a pessoa afetada não se recupera.
O indivíduo deve ter vivenciado, testemunhado ou se deparado de alguma outra maneira com um evento que envolva morte real ou ameaça, lesão grave ou ameaça à integridade física.
  Em segundo, as respostas do indivíduo ao evento devem incluir medo intenso, desamparo ou pavor.
  Os sintomas devem ser divididos das seguintes formas:
- memórias do trauma podem penetrar na consciência repetidas vezes, sem aviso, parecendo vir “do nada” sem fatores desencadeantes ou lembretes que as provoquem.(flashbacks)
- também podem ocorrer recordações intrusivas durante o sono, na forma de pesadelos relacionados aos temas em questão.
- a revivescência  desses sintomas geralmente são considerados desconfortáveis e invasivos, porque a pessoa não tem como controlar “como” nem “onde” eles vão acontecer, e geram fortes emoções negativas associadas ao trauma inicial. Os estímulos do medo (gatilhos) podem ser óbvios, como o veterano de guerra que se apavora quando o escapamento do carro estoura, porque soa como uma arma, mas as vezes a relação entre o trauma e o gatilho não é imediatamente clara. Por exemplo, uma sobrevivente de estupro pode ter medo de tomar banho, mesmo que o ataque tenha ocorrido longe de sua casa.
  Ela entende que sempre que toma banho, se sente muito vulnerável porque está só, nua, não tem para onde fugir e com visão e audição reduzidas, todos estímulos que a lembram do estupro.
  Os sobreviventes de trauma geralmente declaram que não sentem mais as coisas com intensidade ou que se sentem entorpecidos por grande parte do tempo. Esse tipo de distanciamento generalizado pode interferir profundamente na capacidade da pessoa de se relacionar com outras, desfrutar da vida cotidiana, manter-se produtiva e fazer planos para o futuro.
- estado constante de “luta ou fuga” que também se assemelha à forma como seu corpo respondeu durante o evento traumático propriamente dito. Nesse estado de alerta a pessoa fica preparada para reagir a novas ameaças de perigo, mesmo em situações relativamente seguras.
- como estado constante, a hiperexcitação interfere no funcionamento cotidiano e leva a exaustão. Nesse estado a pessoa gasta muita energia examinando o ambiente em busca de sinais de perigo (hipervigilância). Ela provavelmente terá transtorno do sono, menos concentração, irritabilidade e resposta de sobressalto exagerado aos estímulos. (susto exagerado)
Fonte: Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos por David H. Barlow

Transtorno da Ansiedade social

Também conhecido como “fobia social” pode gerar muita incapacidade. A ampla maioria das pessoas com o transtorno relata que seu funcionamento profissional, acadêmico e social em geral foi seriamente prejudicado por seus medos.
  O transtorno de ansiedade social começa mais comumente durante o início da infância ou na adolescência e geralmente segue um rumo contínuo. Cerca de 70 a 80% das pessoas que tem transtorno de ansiedade social cumprem os critérios de outros diagnósticos e, na maioria dos casos, o transtorno de ansiedade social é anterior ao início do problema comórbido.
  Os diagnósticos adicionais mais comuns são fobia específica, agorafobia, depressão grave e abuso e dependência do álcool. As pessoas socialmente ansiosas compõe um grupo heterogêneo em termos de pervasividade e gravidade dos seus medos. No atual sistema de diagnósticos, o subtipo generalizado é especificado por indivíduos que tem medo da maioria das situações sociais. Esses indivíduos costumam ter simultaneamente uma série de medos de interação social (por ex. namorar, entrar em uma conversa em andamento, ter uma postura afirmativa), medos relacionados ao desempenho (por ex. falar em público, tocar um instrumento musical na frente de outras pessoas) e medos relacionados a observação (por ex. trabalhar na frente de outras pessoas, caminhar pela rua).
  No atual sistema de diagnóstico, o transtorno de personalidade evitativa (TPE) se caracteriza por um padrão  de “inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade à avaliação negativa”.
  Já se demonstrou que indivíduos socialmente ansiosos percebem as interações sociais como mais competitivas do que os não-ansiosos e consideram que os outros o vêem como submissos.
 Fonte: Manual Clínico do Transtornos Psicológicos por David H. Barlow

Pânico e Agorafobia

  Ataques de pânico- Esses ataques são distintos em função de seu início inesperado ou súbito e de sua curta duração, ao contrário do surgimento gradual da ansiedade. Os ataques de pânico estão associados a fortes tendências à ação. Com mais freqüência são necessidades de fugir e com menos de lutar. Essas tendências a lutar ou fugir geralmente implicam elevada excitação do sistema nervoso autônomo para sustentar a reatividade luta-fuga.      Além disso esse tipo de reatividade geralmente é acompanhado por percepções de perigo ou ameaça iminentes, como morte, perda de controle ou ridicularização pública.
  OBS- 40% dos ataques de pânico auto-avaliados não estão associados à aceleração dos batimentos cardíacos.
  O pânico noturno não é acordar e entrar em pânico depois de algum tempo em vigília e sim despertar abruptamente em estado de pânico, sem um fator desencadeante claro. Os ataques noturnos acontecem com mais freqüência entre 1 e 3 horas depois do início do sono, e só ocasionalmente há mais de um por noite.
  O pânico noturno é relativamente comum entre indivíduos com transtorno de pânico. Evitar dormir pode resultar em privação crônica do sono, o que, por sua vez, precipita mais episódios de pânico noturno.
  Agorafobia- é a evitação ou persistente apreensão a respeito de situações das quais pode ser difícil escapar ou em que não há ajuda disponível em caso de ataque de pânico ou no caso de se desenvolverem sintomas que poderiam incapacitar ou constranger, como perda de controle intestinal ou vômito.
  As situações agorafobicas típicas incluem shopping centers, esperar em filas, cinemas, viajar de carro ou ônibus, restaurantes cheios e estar só. A agorafobia “leve  pode ser exemplificada pela pessoa que hesita em dirigir sozinha por longas distâncias, mas consegue ir e voltar de carro para o trabalho, que prefere se sentar no corredor nos cinemas, mas segue indo aos cinemas, e que evita lugares lotados. A agorafobia “moderada” é exemplificada pela pessoa que só dirige em um raio de 15km de casa e somente se estiver acompanhada, que compra em horário fora de pico e evita grandes supermercados, e que evita aviões e trens. A “grave” está relacionada à mobilidade muito limitada, às vezes até mesmo a ponto de não sair de casa.
  OBS- nem todas as pessoas que entram em pânico desenvolvem agorafobia, e esse transtorno pode surgir em graus muito variados. 
Fonte: Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos por David H. Barlow

Anorexia, Bulimia, Distúrbio Alimentar

  É a superestimação da forma e do peso, pessoas com este distúrbio se julgam pela sua forma e peso e pela capacidade em controlá-los.
  Devem ser diferenciadas da insatisfação corporal, que é não gostar de aspectos da própria aparência, também chamada de “Descontentamento Normativo”.
  Ocorre a busca por perder peso e não um peso específico.
  Anorexia Nervosa- comer pouco também pode ser uma expressão de outros motivos, incluindo arceticismo, competitividade e um desejo de atrair a atenção dos outros.
  Bulimia Nervosa- Semelhante à anorexia, porém pontuada por episódios de compulsão alimentar. A freqüência destes episódios vai de uma a duas vezes por semana a até várias vezes por dia. Na maioria dos casos, cada episódio é seguido por vômito auto-induzido compensatório ou o uso indevido de laxantes. A maioria dos pacientes com bulimia nervosa está com peso na faixa saudável (IMC entre 20,0 e 25,0) devido aos efeitos de comer de menos e comer de mais, anulando um ao outro.
  Transtornos de Alimentação (NOS)- psicopatologia muito parecida com as duas anteriores, porém em níveis mais baixos, colocando a NOS  como a subcategoria das outras duas.
  A anorexia nervosa pode evoluir após o tratamento para bulimia nervosa plena. Na anorexia nervosa a maioria das mortes é resultado direto de complicações médicas ou de suicídio.
  Há evidências de que a obesidade infantil, a baixa auto estima e os sinais de transtorno de personalidade estejam associadas a um prognóstico pior. A migração temporal entre os transtornos é norma mais do que exceção. A principal diferença entre os dois transtornos reside  no equilíbrio relativo  de comer menos ou mais do que o indicado e seu efeito no peso corporal.
  Um suposto transtorno da alimentação pode acabar revelando ser, por exemplo, um transtorno de ansiedade (por exemplo, dificuldade de comer com outras pessoas em função de fobia social; algum transtorno de humor, por exemplo, perda de peso grave em função de depressão clínica), ou simplesmente comer demais em casos de obesidade. Aos pacientes que tenham balança em casa deve-se recomendar que a guardem fora de alcance.
  “Sentir-se gordo” e “estar gordo” são coisas bem diferentes, mas podem ocorrer simultaneamente.
  Entre pacientes com transtornos da alimentação, os hábitos podem mudar em resposta a eventos externos. A mudança pode envolver comer menos, parar totalmente de comer ou comer demais, ou franca compulsão alimentar (subjetiva ou objetiva).
  Entre os diferentes mecanismos que podem estar envolvidos, estão os seguintes:
*os pacientes podem comer menos ou parar de comer para adquirir uma sensação de controle pessoal quando eventos externos parecem estar fora do seu controle. Isso se observa com mais freqüência em pacientes abaixo do peso.
  *outra causa de se comer menos é influenciar outra pessoas. Por exemplo, pode ser uma forma de mostrar sentimentos de sofrimento ou raiva, ou pode ser um ato de contestação.
  *Comer em excesso pode ser usado por pacientes como forma de dar um presente a si mesmos. Isso tende a ser mais de pacientes acima do peso.
  A compulsão alimentar pode ser uma resposta a eventos adversos e as mudanças de humor associados a eles. A compulsão alimentar tem duas propriedades que ajudam as pessoas a lidar com eventos negativos. Em primeiro lugar, distrai, tirando a atenção da pessoa daquele estímulo, em segundo tem um  efeito direto da modulação de humor intensos, possivelmente porque é um pouco sedativo. Muitas vezes os dois mecanismos operam em conjunto.

Fonte:  Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos por David H. Barlow

10 Técnicas p/ Diminuir a Ansiedade e Equilibrar o Emocional


1.     Identificar as fontes que geram ansiedade
 De todos este é o passo mais importante. Para diminuir a ansiedade é importante saber suas fontes. O ideal é que o cliente pegue uma folha de papel e por alguns minutos escreva tudo que gera a sua ansiedade.      Elabore uma lista com 10 itens que geram ansiedade e as últimas 10 situações em que entrou em crise.

2.     Elimine obrigações desnecessárias
 A vida já está cheia de obrigações, começando com as profissionais e passando pelas familiares, as cívicas, as tarefas domésticas e aquelas ligadas a instituições,  associações ou  religiosas, terminando nos passatempos, atividades desportivas, culturais e online, entre muitas outras. Pense em cada uma delas e a quantidade de ansiedade que elas produzem. Você precisa ser realmente radical e eliminar a forma como conduz as atividades que geram mais ansiedade.

3.     Procrastinação
 “Deixar para amanhã tudo aquilo  que pode ser feito hoje”- Todos fazemos isto, só que, ao deixar que os afazeres da sua vida se amontoem, também gera ansiedade. Sofremos por antecipação, desenvolva o hábito de fazer agora e manter o controle do seu dia. Um “check-list” é recomendável.

4.     Desorganização
 Todos nós temos uma pontinha de desorganização, mesmo que tenhamos desenvolvido e executado um sistema de organização perfeito. A ordem natural das coisas é mais cedo ou mais tarde a perda de controle, e se não for controlada a tempo se transforma em caos.

5.     Controlador
 Embora gostaríamos de ser o “mestre do universo”, tentar controlar a tudo e a todos não funciona, mas tentamos fazer assim mesmo, e quando verificamos que de fato não obtemos resultados, nossos níveis de ansiedade sobem. Deixe as coisas fluírem naturalmente, respeite a forma como as pessoas fazem as coisas, e aprenda a aceitar os resultados. Aprenda a delegar tarefas e deixe de tentar controlar as pessoas e as situações.

6.      Elimine os suga-energia
 Se já parou para analisar a sua vida (passo 1), deve ter identificado algumas  coisas que sugam sua preciosa energia. Existem certas coisas na vida  que são mais exaustivas que outras e que não acrescentam nenhum valor, sendo assim livre-se delas, e obterá mais energia, menos ansiedade e mais felicidade.

7.     Evite as pessoas complicadas
 Você sabe exatamente quem são:  diretores, colegas de trabalho, clientes, vizinhos, até alguns amigos e familiares. Pessoas que tornam a sua vida mais complicada, e na medida do possível cortar relações ou mesmo diminuir.

8.     Simplifique sua vida
 Torne mais simples as tarefas do dia a dia, obrigações, informações que registra, sua casa e muitas outras coisas, e irá perceber que seu nível de estresse irá diminuir.

9.     Relaxe ao longo do dia
 É importante ao longo do dia fazer pequenas pausas, principalmente no trabalho. Durante alguns minutos, pare tudo e massageie seus ombros, pescoço, cabeça, braços e mãos. Levante-se e estique as pernas, ou se espreguice, dê uma pequena caminhada e beba água. Converse com alguém ( com exceção as do passo 7), tome ar fresco, e se afaste do computador.

10.  Exercícios Físicos
 A prática de exercícios físicos é extremamente eficaz na prevenção do estresse, ansiedade, e uma vez que lhe proporciona algum tempo de qualidade sozinho, perfeita para relaxar. Pessoas com melhor condição física tem maior facilidade em lidar com o estresse e a ansiedade.


      Fonte: IAHA-Instituto Armstrong de Hipnose Avançada

O que é Dor Crônica?

Dor Crônica
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Cerca de um terço da população apresentará algum tipo de dor crônica durante a vida. À medida que vivemos mais, cresce o número de pessoas com dores na coluna, articulações, doenças reumáticas, câncer, degenerações ou inflamações nos órgãos internos e outros problemas que podem provocar dores crônicas.
Dor é uma sensação que surge quando há ameaça de dano aos tecidos. Senti-la é fundamental para manter a integridade do organismo. Doenças que alteram a sensibilidade estão associadas ao aparecimento de traumatismos e ferimentos imperceptíveis. É o caso das ulcerações que costumam surgir nos pés dos diabéticos portadores de neuropatias nos membros inferiores, por exemplo.
Quando um tecido é traumatizado ocorre liberação local de substâncias químicas, imediatamente detectadas pelas terminações nervosas. Estas disparam um impulso elétrico que corre até a parte posterior da medula espinal. Nessa região, um grupo especial de neurônios se encarrega de transmiti-lo para o córtex cerebral, área responsável pela cognição. Aí o impulso será percebido, localizado e interpretado.
Para se ter uma idéia da velocidade de transmissão do impulso elétrico, é só pensar no tempo decorrido entre encostarmos a mão num objeto quente e nos afastarmos dele.
Esse circuito complexo de fibras nervosas que conduzem o sinal está associado à liberação de mediadores químicos, responsáveis pela sintonia fina do mecanismo da dor. De um lado, o organismo precisa da dor para defender-se, mas o processo não pode ser perpetuado.
Com a finalidade de impedir que a dor persista mais tempo do que o necessário, os sinais que chegam ao cérebro e se tornam conscientes vão estimular a liberação de substâncias chamadas endorfinas (por sua semelhança à morfina) e encefalinas, que inibem a propagação do impulso elétrico.
O mecanismo de inibição da dor é tão importante para a sobrevivência do organismo, quanto o circuito responsável pela percepção dela. Se não fosse ele, a dor de um pequeno corte persistiria enquanto durasse o processo de cicatrização.
Dores crônicas podem ser devidas tanto a desordens do sistema responsável pela percepção quanto da inibição da dor. A fibromialgia, por exemplo, uma doença debilitante causadora de dores musculares crônicas muitas vezes não diagnosticadas pelos médicos, é tida hoje como conseqüente a um desarranjo nos mecanismos de inibição da dor.
É um erro considerar a dor crônica como uma versão prolongada da aguda. Quando os sinais de dor são gerados repetidamente, os circuitos neurológicos sofrem alterações eletroquímicas que os tornam hipersensíveis aos estímulos e mais resistentes aos mecanismos inibitórios da dor. Disso resulta uma espécie de Amemória dolorosa@ guardada na medula espinal.
Estudos recentes têm demonstrado que essa Amemória dolorosa@ está ligada a mediadores químicos muito semelhantes aos envolvidos no processo intelectual de memorização.
O conhecimento detalhado desses mediadores levará à descoberta de analgésicos mais potentes e com menos efeitos colaterais.
Os circuitos nervosos responsáveis pela dor crônica são tão diferentes daqueles associados à dor aguda, que muitos autores propõem nomes diferentes para caracterizar os dois processos: eudinia para as dores agudas e maledinia para as crônicas.
Dor crônica é uma doença debilitante com consequências nefastas para a condição física, psicológica e o comportamento. Seus portadores desenvolvem depressão, deficiências psicomotoras, lembranças e sensações de perda que muitas vezes guardam pouca relação com o quadro doloroso.
Tais sintomas costumam ser interpretados como característicos de patologias psiquiátricas, quando na verdade refletem apenas a semelhança que existe entre dor e memória.
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