segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Transtorno do Estresse Pós-Traumático

O transtorno do estresse pós-traumático demanda a ocorrência de um determinado tipo de evento, do qual a pessoa afetada não se recupera.
O indivíduo deve ter vivenciado, testemunhado ou se deparado de alguma outra maneira com um evento que envolva morte real ou ameaça, lesão grave ou ameaça à integridade física.
  Em segundo, as respostas do indivíduo ao evento devem incluir medo intenso, desamparo ou pavor.
  Os sintomas devem ser divididos das seguintes formas:
- memórias do trauma podem penetrar na consciência repetidas vezes, sem aviso, parecendo vir “do nada” sem fatores desencadeantes ou lembretes que as provoquem.(flashbacks)
- também podem ocorrer recordações intrusivas durante o sono, na forma de pesadelos relacionados aos temas em questão.
- a revivescência  desses sintomas geralmente são considerados desconfortáveis e invasivos, porque a pessoa não tem como controlar “como” nem “onde” eles vão acontecer, e geram fortes emoções negativas associadas ao trauma inicial. Os estímulos do medo (gatilhos) podem ser óbvios, como o veterano de guerra que se apavora quando o escapamento do carro estoura, porque soa como uma arma, mas as vezes a relação entre o trauma e o gatilho não é imediatamente clara. Por exemplo, uma sobrevivente de estupro pode ter medo de tomar banho, mesmo que o ataque tenha ocorrido longe de sua casa.
  Ela entende que sempre que toma banho, se sente muito vulnerável porque está só, nua, não tem para onde fugir e com visão e audição reduzidas, todos estímulos que a lembram do estupro.
  Os sobreviventes de trauma geralmente declaram que não sentem mais as coisas com intensidade ou que se sentem entorpecidos por grande parte do tempo. Esse tipo de distanciamento generalizado pode interferir profundamente na capacidade da pessoa de se relacionar com outras, desfrutar da vida cotidiana, manter-se produtiva e fazer planos para o futuro.
- estado constante de “luta ou fuga” que também se assemelha à forma como seu corpo respondeu durante o evento traumático propriamente dito. Nesse estado de alerta a pessoa fica preparada para reagir a novas ameaças de perigo, mesmo em situações relativamente seguras.
- como estado constante, a hiperexcitação interfere no funcionamento cotidiano e leva a exaustão. Nesse estado a pessoa gasta muita energia examinando o ambiente em busca de sinais de perigo (hipervigilância). Ela provavelmente terá transtorno do sono, menos concentração, irritabilidade e resposta de sobressalto exagerado aos estímulos. (susto exagerado)
Fonte: Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos por David H. Barlow

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