Ataques de pânico- Esses ataques são distintos em função de seu início inesperado ou súbito e de sua curta duração, ao contrário do surgimento gradual da ansiedade. Os ataques de pânico estão associados a fortes tendências à ação. Com mais freqüência são necessidades de fugir e com menos de lutar. Essas tendências a lutar ou fugir geralmente implicam elevada excitação do sistema nervoso autônomo para sustentar a reatividade luta-fuga. Além disso esse tipo de reatividade geralmente é acompanhado por percepções de perigo ou ameaça iminentes, como morte, perda de controle ou ridicularização pública.
OBS- 40% dos ataques de pânico auto-avaliados não estão associados à aceleração dos batimentos cardíacos.
O pânico noturno não é acordar e entrar em pânico depois de algum tempo em vigília e sim despertar abruptamente em estado de pânico, sem um fator desencadeante claro. Os ataques noturnos acontecem com mais freqüência entre 1 e 3 horas depois do início do sono, e só ocasionalmente há mais de um por noite.
O pânico noturno é relativamente comum entre indivíduos com transtorno de pânico. Evitar dormir pode resultar em privação crônica do sono, o que, por sua vez, precipita mais episódios de pânico noturno.
Agorafobia- é a evitação ou persistente apreensão a respeito de situações das quais pode ser difícil escapar ou em que não há ajuda disponível em caso de ataque de pânico ou no caso de se desenvolverem sintomas que poderiam incapacitar ou constranger, como perda de controle intestinal ou vômito.
As situações agorafobicas típicas incluem shopping centers, esperar em filas, cinemas, viajar de carro ou ônibus, restaurantes cheios e estar só. A agorafobia “leve” pode ser exemplificada pela pessoa que hesita em dirigir sozinha por longas distâncias, mas consegue ir e voltar de carro para o trabalho, que prefere se sentar no corredor nos cinemas, mas segue indo aos cinemas, e que evita lugares lotados. A agorafobia “moderada” é exemplificada pela pessoa que só dirige em um raio de 15km de casa e somente se estiver acompanhada, que compra em horário fora de pico e evita grandes supermercados, e que evita aviões e trens. A “grave” está relacionada à mobilidade muito limitada, às vezes até mesmo a ponto de não sair de casa.
OBS- nem todas as pessoas que entram em pânico desenvolvem agorafobia, e esse transtorno pode surgir em graus muito variados.
Fonte: Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos por David H. Barlow
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