É a superestimação da forma e do peso, pessoas com este distúrbio se julgam pela sua forma e peso e pela capacidade em controlá-los.
Devem ser diferenciadas da insatisfação corporal, que é não gostar de aspectos da própria aparência, também chamada de “Descontentamento Normativo”.
Ocorre a busca por perder peso e não um peso específico.
Anorexia Nervosa- comer pouco também pode ser uma expressão de outros motivos, incluindo arceticismo, competitividade e um desejo de atrair a atenção dos outros.
Bulimia Nervosa- Semelhante à anorexia, porém pontuada por episódios de compulsão alimentar. A freqüência destes episódios vai de uma a duas vezes por semana a até várias vezes por dia. Na maioria dos casos, cada episódio é seguido por vômito auto-induzido compensatório ou o uso indevido de laxantes. A maioria dos pacientes com bulimia nervosa está com peso na faixa saudável (IMC entre 20,0 e 25,0) devido aos efeitos de comer de menos e comer de mais, anulando um ao outro.
Transtornos de Alimentação (NOS)- psicopatologia muito parecida com as duas anteriores, porém em níveis mais baixos, colocando a NOS como a subcategoria das outras duas.
A anorexia nervosa pode evoluir após o tratamento para bulimia nervosa plena. Na anorexia nervosa a maioria das mortes é resultado direto de complicações médicas ou de suicídio.
Há evidências de que a obesidade infantil, a baixa auto estima e os sinais de transtorno de personalidade estejam associadas a um prognóstico pior. A migração temporal entre os transtornos é norma mais do que exceção. A principal diferença entre os dois transtornos reside no equilíbrio relativo de comer menos ou mais do que o indicado e seu efeito no peso corporal.
Um suposto transtorno da alimentação pode acabar revelando ser, por exemplo, um transtorno de ansiedade (por exemplo, dificuldade de comer com outras pessoas em função de fobia social; algum transtorno de humor, por exemplo, perda de peso grave em função de depressão clínica), ou simplesmente comer demais em casos de obesidade. Aos pacientes que tenham balança em casa deve-se recomendar que a guardem fora de alcance.
“Sentir-se gordo” e “estar gordo” são coisas bem diferentes, mas podem ocorrer simultaneamente.
Entre pacientes com transtornos da alimentação, os hábitos podem mudar em resposta a eventos externos. A mudança pode envolver comer menos, parar totalmente de comer ou comer demais, ou franca compulsão alimentar (subjetiva ou objetiva).
Entre os diferentes mecanismos que podem estar envolvidos, estão os seguintes:
*os pacientes podem comer menos ou parar de comer para adquirir uma sensação de controle pessoal quando eventos externos parecem estar fora do seu controle. Isso se observa com mais freqüência em pacientes abaixo do peso.
*outra causa de se comer menos é influenciar outra pessoas. Por exemplo, pode ser uma forma de mostrar sentimentos de sofrimento ou raiva, ou pode ser um ato de contestação.
*Comer em excesso pode ser usado por pacientes como forma de dar um presente a si mesmos. Isso tende a ser mais de pacientes acima do peso.
A compulsão alimentar pode ser uma resposta a eventos adversos e as mudanças de humor associados a eles. A compulsão alimentar tem duas propriedades que ajudam as pessoas a lidar com eventos negativos. Em primeiro lugar, distrai, tirando a atenção da pessoa daquele estímulo, em segundo tem um efeito direto da modulação de humor intensos, possivelmente porque é um pouco sedativo. Muitas vezes os dois mecanismos operam em conjunto.
Fonte: Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos por David H. Barlow
Nenhum comentário:
Postar um comentário